
Reprodução: Blog Tupã
No dia 7 de outubro, um pequeno blog político publicou a manchete: “Missão prepara ofensiva contra Cristina Graeml”. A notícia surpreendeu toda a cena política curitibana — inclusive os próprios membros do Partido Missão.
No pleito de 2024, Cristina Graeml foi uma das principais adversárias do grupo político Eduardo Pimentel/Paulo Martins/Ratinho Júnior, chegando de forma surpreendente ao segundo turno da disputa municipal. Apesar do desempenho expressivo, a força da máquina da prefeitura e do governo do estado acabou sendo decisiva e sua candidatura foi “atropelada” na reta final.
A vitória, porém, veio acompanhada de um enorme desgaste. Eduardo Pimentel, herdeiro político de Beto Richa, saiu das urnas com a imagem arranhada, e a chamada “direita centrista” perdeu boa parte de seu brilho. Desde então, o grupo passou a ver com desconfiança e incômodo o avanço de novas forças políticas que fogem ao seu controle — entre elas, o MBL e o Partido Missão, que têm se posicionado abertamente contra o establishment da Prefeitura de Curitiba e da Câmara Municipal.
Por isso, a tentativa de colocar esses dois grupos — Missão e Cristina — em rota de colisão não é coincidência. O lançamento da pré-candidatura de Luiz França ao governo do Paraná pelo Missão, somado à confirmação da candidatura de Cristina Graeml ao Senado pelo União Brasil (partido do senador Sérgio Moro, outro desafeto desse grupo político), representa uma afronta direta aos atores que controlam o estado há décadas. E nada melhor, para eles, do que usar um “blog amigo” para fustigar e explorar essa suposta rivalidade.
O “Blog do Tupã”, responsável pela publicação, foi por muito tempo um crítico do atual grupo no poder. No entanto, essa relação mudou em meados de 2024 — exatamente quando o blog passou a ser agraciado com um generoso patrocínio da Prefeitura de Curitiba. Coincidência? Difícil acreditar.
Reprodução: Blog Tupã
Já se sabe que os cofres da Secretaria de Comunicação estão abertos para os amigos do rei, mas cabe a nós — talvez o único veículo de comunicação realmente independente — apontar as incoerências e colocar o dedo na ferida.
Eles podem tentar, mas essa onça ainda dará muito trabalho para os velhos caciques paranaenses.

Uma coisa é fato: o partido Missão é visto como um “player”, tentaram de todas as formas tentar ofuscar e criar rixas para torna-lo impopular, mas o discurso e ações por tal entidade prevalecerão e mostrará uma imagem positiva.