MP aciona Ricardo Arruda e pede devolução de R$ 1 milhão por rachadinha

O Ministério Público do Paraná moveu uma ação contra o deputado estadual Ricardo Arruda (PL), acusando-o de envolvimento em um suposto esquema de “rachadinha” dentro de seu gabinete. A promotoria pede que ele devolva R$ 1.045.170,80 que teria sido o valor desviado pelo parlamentar.

Segundo o MP, o deputado usava cartões de crédito adicionais de assessores da ALEP, lotados tanto no gabinete do parlamentar quanto também na Corregedoria da Assembleia quando ele ocupava a função. Segundo a investigação, o salário dos funcionários comissionados serviam até para pagar a fatura do cartão de crédito de Patrícia Miranda Arruda Nunes, esposa de Ricardo Arruda.

Ainda de acordo com o MP, o parlamentar usava as vias adicionais do cartão de crédito de assessores para bancar, também, gastos de luxo, como viagens internacionais e hotéis, e gastos do dia a dia. O esquema foi exposto em minúcias numa delação premiada pelo ex-chefe de gabinete de Ricardo Arruda.

O deputado se manifestou para o portal Blog Politicamente, informou que “o parlamentar ainda não foi citado oficialmente acerca da Ação Civil Pública por Ato de Improbidade Administrativa mencionada”. Desta maneira, “qualquer manifestação prévia sobre o mérito da demanda seria precipitada”.

A nota cita ainda que Ricardo Arruda “reafirma seu compromisso com a transparência, com a legalidade e, sobretudo, com os seus eleitores, que sempre pautaram sua atuação pública”. Por fim, esclareceu que “o deputado irá se pronunciar de forma técnica e responsável tão logo tenha acesso integral aos autos e possa exercer plenamente o seu direito de defesa”.

Para o Ministério Público, Ricardo Arruda enriqueceu ilicitamente a partir de gastos feitos através dos cartões de responsabilidade dos assessores, em alguns meses a fatura ultrapassava R$ 80 mil, e pagos com o salário dos servidores comissionados. E a ação de improbidade administrativa relata gastos pessoais de toda natureza.

Já sobre os gastos fora do país, o MP cita compras em estabelecimentos na Alemanha, República Checa, Áustria e na Itália. Teriam também registros de compra de passagens aéreas e de dólar e euro, usados durante as viagens internacionais.

  • Imagem: Wikipédia

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