Ex-funcionário da liderança do PT na Assembleia Legislativa foi citado por deputados como suspeito de integrar grupo criminoso ligado ao assassinato de um policial militar em 2024.

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Um ex-assessor da liderança do Partido dos Trabalhadores (PT) na Assembleia Legislativa do Paraná foi morto em confronto com a Polícia Militar no bairro Tatuquara, em Curitiba, na última sexta-feira (17).
O homem, identificado como Valdecir Ferreira da Silva, havia sido nomeado em junho de 2023 e exonerado em julho de 2024, após denúncias de abuso contra uma enteada.
Durante sessão na Assembleia Legislativa do Paraná, os deputados estaduais Tito Barrichello (União) e Ricardo Arruda (PL) afirmaram que Valdecir estava envolvido na morte do soldado Gabriel Thomaz Feuerstein Fadel, da Polícia Militar, sequestrado, torturado e assassinado em abril de 2024, em Campo Magro, na Região Metropolitana de Curitiba.
“Ele fazia parte do grupo que matou o soldado Fadel”, diz deputado
O deputado Ricardo Arruda afirmou em plenário que o ex-assessor de Renato Freitas atuava em julgamentos internos de facções criminosas e teria ligação direta com o assassinato do policial.
“Ele era um criminoso, envolvido com o grupo que sequestrou e matou o soldado Fadel. E foi nomeado como assessor na Assembleia Legislativa”, declarou Arruda.
Já o deputado Tito Barrichello classificou o caso como “gravíssimo” e cobrou responsabilidade política do parlamentar petista.
“Não é possível que um indivíduo com esse histórico tenha ocupado cargo público dentro do Legislativo. Isso precisa ser investigado”, afirmou.
Relembre o caso do soldado Fadel
O soldado Gabriel Fadel, de 26 anos, foi encontrado morto dentro do porta-malas de um carro no dia 2 de abril de 2024, em Campo Magro.
O policial havia desaparecido dois dias antes e o corpo apresentava sinais de tortura e disparos de arma de fogo.
O crime gerou grande comoção na corporação e levou a uma investigação da Polícia Civil sobre a participação de facções criminosas no homicídio.
Silêncio do deputado Renato Freitas
Até o momento, o deputado Renato Freitas (PT), a quem Valdecir Ferreira prestou serviços como assessor, não se pronunciou oficialmente sobre o caso.
O episódio reacende o debate sobre a nomeação de assessores em cargos comissionados e a presença de indivíduos ligados ao crime organizado em estruturas públicas.
A reportagem entrou em contato com o deputado Renato Freitas e sua assessoria para garantir o direito ao contraditório. Até a publicação desta matéria, não houve retorno.
O espaço segue aberto para atualização assim que a resposta for encaminhada à redação.
As investigações seguem sob responsabilidade da Polícia Civil, que apura tanto as circunstâncias do confronto que resultou na morte de Valdecir quanto as possíveis conexões entre ele e a execução do soldado Fadel.
