Atraso do governo Ratinho em obras da PR-317 causa ao menos duas mortes

Manutenção na Ponte sobre o rio Ivaí dura 10 meses, moradores de Floresta clamam por uma solução imediata

Imagem: G1 – Globo

A ponte sobre o Rio Ivaí, no município de Floresta, região próxima a Maringá, sofreu danos quando uma balsa colidiu contra uma das vigas estruturais. A manutenção necessária foi identificada logo após o incidente, considerada de caráter relativamente simples — porém, apesar disso, o serviço levou bastante tempo para começar.

Já se passaram dez meses desde que o problema foi constatado, e só recentemente, há dois meses, é que as obras tiveram início. Esse intervalo prolongado tem aumentado o risco para quem transita pela ponte, gerando transtornos diários, impedimentos e potencial para acidentes. A emissora RPC de Maringá noticiou no dia 6 de Julho a morte de 2 motorista que acaram em uma colisão frontal, ambos residentes do múnicipio de Floresta.

Moradores, que preferiram não se identificar, relataram à reportagem a gravidade da situação. Um deles recordou um acidente fatal envolvendo um jovem da região: “Um rapaz daqui de Floresta morreu, um caminhão que o carro bateu de frente (…) cê é louco, morreu na hora”, disse. Outro destacou a insegurança especialmente no período noturno: “Principalmente à noite, fica muito difícil, aconteceu muito acidente né”. Os relatos reforçam a sensação de abandono e a urgência de medidas mais efetivas para garantir a segurança dos usuários.

A PR-317, rodovia duplicada que liga importantes municípios da região, conta com duas pontes paralelas para a travessia do Rio Ivaí — uma em cada sentido. No entanto, com a interdição de uma delas para obras, todo o tráfego foi concentrado na outra ponte, que passou a operar em pista simples. A ausência de sinalização adequada nesse desvio tem contribuído para a ocorrência de acidentes, já que motoristas frequentemente acabam entrando na contramão sem perceber o risco.

O atraso injustificável na reparação de uma estrutura que, apesar de avariada, é essencial, torna-se uma questão que não é só de engenharia, mas de responsabilização política e segurança pública. É imperativo que o poder público acelere os trâmites restantes, garanta transparência sobre os cronogramas, e adote, imediatamente, medidas emergenciais para evitar que mais vidas sejam perdidas.

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