Mulher morre em Curitiba com suspeita de intoxicação por metanol
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Uma mulher de 41 anos, moradora da região do Tatuquara, em Curitiba, morreu após dar entrada no Hospital de Clínicas (HC) com suspeita de intoxicação por metanol.
De acordo com informações obtidas pela reportagem, ela foi socorrida após apresentar fortes dores de cabeça, visão turva, confusão mental e falta de ar — sintomas compatíveis com envenenamento químico. Ela chegou a ser internada na unidade hospitalar, mas não resistiu e veio a óbito.
A Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba confirmou, nesta quarta-feira (22), o primeiro óbito de moradora da capital em decorrência de intoxicação por metanol. Segundo a pasta, a mulher procurou atendimento na UPA Tatuquara já em estado grave e foi transferida para o Hospital de Clínicas da UFPR, onde recebeu o antídoto Formepizol, conforme protocolo estabelecido para esse tipo de intoxicação. No entanto, não foi possível sua recuperação.
Apesar do caso se enquadrar clinicamente como uma intoxicação por metanol, a Secretaria informou que não há indícios de adulteração de bebidas alcoólicas. De acordo com relatos de familiares e vizinhos, coletados durante a investigação, a suspeita é de intoxicação por solvente, substância que contém metanol em sua composição química.
A Secretaria também informou que Curitiba já registrou 12 casos suspeitos de intoxicação por metanol. Desses, sete foram descartados, quatro confirmados e um segue em investigação. Atualmente, não há pacientes internados com suspeita de intoxicação por metanol na capital.
O metanol é um produto usado na indústria química e automotiva, mas proibido para consumo humano. Mesmo pequenas quantidades podem causar cegueira, falência de órgãos e morte.
O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML), onde exames complementares devem confirmar a causa exata da morte.