
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Paraná (MP-PR) realizou, na manhã desta terça-feira, uma operação para investigar e desarticular uma associação criminosa envolvida em fraudes em processos licitatórios públicos na cidade de Bocaiúva do Sul. A ação, que cumpriu 20 mandados de busca e apreensão, abrangeu a capital paranaense e municípios da Região Metropolitana de Curitiba (RMC), destacando-se Bocaiúva do Sul como foco principal das irregularidades apuradas.
Detalhes da Operação
De acordo com informações oficiais do MP-PR, os mandados foram executados em Curitiba e nas cidades de Bocaiúva do Sul, Colombo, Almirante Tamandaré e Pinhais. O objetivo é coletar provas sobre um esquema que teria operado por anos, envolvendo contratações suspeitas, com indícios de existência de sócios ocultos e empresas de fachada, em áreas sensíveis como saúde, assistência social e obras. Fontes ligadas à investigação estimam que o esquema possa ter movimentado mais de R$ 13 milhões nos últimos cinco anos, embora valores exatos ainda dependam de análise dos materiais apreendidos.
Relatos indicam que várias empresas envolvidas estariam conectadas a uma mesma rede familiar, o que levanta questionamentos sobre transparência e concorrência justa nos processos públicos. Durante as buscas, uma pessoa foi presa em flagrante por posse de quantidade significativa de drogas, adicionando um elemento criminal ao caso, embora não diretamente relacionado às fraudes licitatórias. A operação visa combater práticas como direcionamento de licitações e uso de empresas de fachada, que teriam sido contratadas pela administração municipal de Bocaiúva do Sul.
A prefeitura de Bocaiúva do Sul ainda não emitiu nota oficial sobre a operação até o momento, mas ações como essa reforçam o compromisso do MP-PR com o combate à corrupção em gestões municipais. O Gaeco, especializado em crimes organizados, tem intensificado operações na região, com precedentes em municípios vizinhos envolvendo desvios em saúde e obras públicas.
Próximos Passos
O MP-PR informou que as investigações continuam, com análise dos documentos, eletrônicos e outros itens apreendidos. Não há detalhes públicos sobre nomes de suspeitos ou empresas específicas, preservando o sigilo do inquérito. Cidadãos com informações relevantes podem denunciar anonimamente ao Gaeco via canais oficiais do Ministério Público.
