
Reprodução: Jornal O Presente – Obra paralisada do Batalhão de Polícia de Fronteira, em Marechal Cândido Rondon
Um levantamento realizado pelo Jornal O Plano, com base em dados públicos da Secretaria das Cidades, revelou que o governo de Ratinho Jr acumula 35 obras paralisadas em todo o Paraná, sendo 7 delas localizadas na capital, Curitiba. O montante atualizado dessas obras soma R$ 65.009.807,48, valor que reflete investimentos significativos que permanecem sem conclusão, impactando diretamente a infraestrutura e os serviços disponíveis à população paranaense.
Entre as obras paralisadas, destacam-se importantes projetos na área da saúde, como o Hospital Colônia Adauto Botelho, em Pinhais, e o Hospital Regional do Litoral, em Paranaguá, que poderiam atender a demandas críticas da população. Além disso, o setor de segurança pública também sofre com a interrupção de construções, incluindo delegacias e cadeias públicas como a Delegacia Cidadã Padrão II em Colombo, a Penitenciária Industrial de Cascavel, a Cadeia Pública de Cornélio Procópio e a Cadeia Pública de Assis Chateaubriand.
As obras paralisadas no governo Ratinho Jr enfrentam diferentes motivos que contribuíram para a interrupção, incluindo inexecução parcial, necessidade de novo levantamento licitatório e exigência de aditivos contratuais, conforme apontam os dados do levantamento. Esses fatores apontam para desafios na gestão de projetos e na adequação dos orçamentos iniciais, gerando atrasos significativos. A construtora com maior número de obras paralisadas é a Agile Construtora Ltda, responsável por sete empreendimentos, o que reforça a necessidade de investigação sobre a execução dos contratos firmados com a empresa.
A paralisação de obras tão estratégicas levanta preocupações sobre a capacidade de gestão desses recursos e o impacto no atendimento à população. Hospitais e unidades de segurança são essenciais para o bem-estar e a ordem pública, e a falta de conclusão desses projetos pode agravar problemas já existentes nas regiões afetadas.
Em nota, a Secretaria das Cidades informou que: “a principal causa de paralisação das obras listadas, conforme a planilha pública, é a inexecução parcial, que indica que os projetos foram iniciados, mas não concluídos por completo. Em seguida, aparecem a rescisão unilateral e por tratativas documentais pendentes. Ressaltamos que Cidades é uma pasta meio – existindo um alinhamento em relação a essas obras citadas e suas eventuais extinções ou retomadas – com os órgãos demandantes, que são quem decidem sobre priorizações e conveniências para o seguimento de determinada ação.”
As seguintes instituições tiveram o direito ao contraditório, mas não responderam ao Jornal O Plano até o momento desta publicação, mediante o prazo de quatro dias úteis: Secretaria de Saúde, Secretaria de Segurança Pública, TCE, Agile Construtora LTDA e as prefeituras de Cornélio Procópio, Assis Chateaubriand, Pinhais, Paranaguá, Cascavel, Colombo e Marechal Cândido Rondon.
